D&R Alambiques

Empreendedor tenta mudar a forma de tomar cachaça

São Paulo – São poucos os empreendedores que conseguem transformar sua paixão em uma ideia de negócio. Wilson Barros, 57 anos, esta entre os sortudos. Barros desenvolveu sua própria marca de cachaça a WIBA, e quer inovar a maneira como as pessoas tomam a bebida.

 

A ideal é que a cachaça seja degustada acompanhada de pedaços de frutas, açúcar ou sal. O consumidor mastiga levemente a fruta e, em seguida, de pequenos goles de cachaça. “Quando comecei a estudar, queria encontrar uma maneira de me diferenciar no mercado”, explica. O design da garrafa foi inspirado nas garrafas de vodcas e a maneira de tomar, na tequila.

 

Filho de mineiros, barros aprendeu a tomar cachaça com o pai. Apreciador da bebida, ele percebeu que mesmo em restaurantes da capital paulista, ofereciam uma cachaça de origem mineira. “Comecei a colocar uma ideia na minha cabeça, vou fazer uma cachaça tão boa quanto ás cachaças de Minas”, relembra.

 

Há 10 anos, ele começou a estudar sobre a cachaça no tempo livre enquanto trabalhava como executivo da Siemens. “Viajava muito e conheci vários alambiques no Brasil inteiro com a ideia de produzir a minha própria marca”, explica.

 

Em 2011, construiu uma fábrica na cidade Torre de Pedra, interior de São Paulo. Em setembro do ano passado, Barros deixou o emprego para se dedicar integralmente á produção. Nos últimos anos, foram investidos milhões de reais no negocio. A primeira safra teve 36 mil litros de cachaça e foi produzida em 2013.

 

Há três linhas que fazem pare da marca; blend de carvalhos, branca e amburana. A cachaça pode ser encontrada em restaurantes e bares parceiros, em São Paulo, como Brasil a Gosto, Bar Velasco, Barnabé restaurante e Cachaçaria, Nação Nordestina e Cachaçaria do Rancho.

 

“Inicialmente não estamos colocando em supermercado ou lojas, a nossa estratégia é divulgar esse novo jeito de tomar a cachaça”, conta barros. O restaurante recebe um kit composto por uma jarra, que tem capacidade de servir de quatro a oito doses da bebida. O kit custa, em média, 90 reais e em breve poderá ser adquirida no site da marca.

 

Um dos desafios do mercado aumentar a exportação e se consolidar no exterior. De acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), no ano passado, foram exportados 9,21 milhões de litros da bebida, cerca de 1% do que é produzido no país.

 

Considerando a capacidade de produção um volume pequeno, pois no mesmo período, o México exportou 170 milhões de litros de tequila. Alemanha, Paraguai, Portugal e França são alguns países que importam a bebida.

 

Para ele, do ponta de vista financeiro, a dificuldade de gerir uma marcar de cachaça é como a e qualquer outra. O empreendedor explica que a experiência como executivo foi o que mais ajudou no desenvolvimento do negócio. A expectativa é que em três anos a empresa alcance um faturamento e 4 milhões de reais. Outra meta é exportar a bebida para a Europa e Estados Unidos.

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